quarta-feira, 30 de julho de 2025

Jogo da cabra-cega

Foto retirada da Net

O Jogo Cabra-cega também fez parte da minha vida em criança e bem divertido foi. Não existem fotografias que o comprovem, mas não tem importância, o quadro de Francisco de Goya, pintado em 1788, é representativo do que, fora os trajes usados, se terá passado comigo. Se, como se pensa, este jogo tradicional terá sido originário da Idade Média e resistiu até aos nossos dias, basta adaptar a moda e a paisagem ao século em que cada pessoa vive.

M

sexta-feira, 25 de julho de 2025

Jogar xadrez ao ar livre

Foto de M 

Foi em Copenhaga que os fotografei, já lá vão muito anos. Nesta cidade, era, e ainda será, prática comum as pessoas jogarem xadrez em ambientes públicos ao ar livre, especialmente em praças e parques. Estes senhores fariam parte dos aficionados desse jogo à espera de parceiros, um deles até tem dois tabuleiros disponíveis. Seria para jogar com duas pessoas em simultâneo?

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Jogos e eixos


 
             Detalhe que mostra quatro jogadores a saltar ao eixo               

Fotos: a primeira, de M; as outras duas, retiradas do link sobre Pieter Bruegel

Poderá dizer-se que existem vários tipos de eixos: reais, imaginados, de sentido figurado, históricos (lembram-se das Potências do Eixo na Segunda Guerra Mundial?). E outros a descobrir, suponho. Nem todos servindo para lhes saltarmos por cima, como no Jogo Saltar ao Eixo, mas porque de algum modo são eixos à volta dos quais gira parte da nossa existência. Será o caso da maçã da fotografia e o que com ela se relaciona. Podemos imaginar um eixo de rotação que passa pelo seu centro e é perpendicular ao plano definido pelo tampo da mesa. Saltarmos-lhe nós por cima é que não daria bom resultado, talvez só algum gafanhoto leve se aventure na experiência. Mas recordo com prazer as crianças que povoaram em tempos esta paisagem amada e se divertiram a saltar ao eixo à medida dos seus tamanhos e perícia. Por alguma razão Pieter Bruegel, o Velho, deu valor aos jogos populares tradicionais e pintou o quadro Jogos Infantis em 1560. Os trajes usados e o ambiente em que se inspirou eram os da sua época mas o jogo continua a fazer parte de um género de divertimentos que se tem mantido com sucesso ao longo de séculos. Esperemos que não sejam completamente ostracizados pelo uso indiscriminado dos telemóveis…

https://en.wikipedia.org/wiki/Children%27s_Games_(Bruegel)

https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/axis-powers-in-world-war-ii

 M

domingo, 20 de julho de 2025

Sem trela nem açaimo

Felizmente o sinal acima não é para mim, será uma advertência aos donos de cães que encontro no parque na sua companhia. Não preciso de trela nem açaimo para passear, tenho liberdade, pelo menos a suficiente para me encantar com aquele lugar que reconheço nas quatro estações do ano que por ali deixam as suas marcas. Não lhe destroem a essência, antes pelo contrário, aperfeiçoam-na nos tempos próprios de cada uma. Para mim, este parque será como um vizinho a morar ao ar livre em espaço amplo e portas sempre escancaradas no meio da cidade poluída. Mais um, gosto de ter vizinhos. 

As escadas estavam lá, envoltas agora nos verdes frescos das árvores, apenas algumas folhas secas deixadas ao abandono, entaladas nos degraus. Talvez ao sair do parque as subisse.


Desta vez desviei-me das escadas, virei à esquerda. Resolvi passar pelo pequeno portão de ferro aberto. Tão elegante na sua leveza antiga o acho, apesar da ferida enferrujada agarrada à fechadura. Chamaram-me a atenção as folhas secas pousadas no parapeito da janela, entre a grade e o silêncio fechado por trás dos vidros. Desde quando estavam elas ali? Ainda, se o tempo é agora de verdes vivos?!

Segui o meu caminho mas olhei para trás: também no chão existiam os tons ressequidos do abandono. 


Contornei a esquina: uma chaminé era sinal de que alguém teria vivido na pequena casa. Quem? Quando? Gostava de saber.

M

(Fotos de M)